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Licenciamento de Software: Armadilhas Jurídicas que Você Precisa Evitar

Em um mundo cada vez mais digital, o licenciamento de software deixou de ser um detalhe
técnico para se tornar uma questão estratégica — e jurídica. Empresas que negligenciam os
termos de uso, ou que não compreendem as implicações legais de um contrato de
licenciamento, correm riscos que vão muito além de multas: estamos falando de reputação,
segurança e até paralisação de operações.

Aqui estão algumas das armadilhas que devem ser evitadas:

1. Confundir licença com propriedade
Muita gente acredita que, ao adquirir um software, está “comprando” o produto. Na verdade,
o que se obtém é uma licença de uso, com regras específicas. Ignorar essa diferença pode levar
a usos indevidos, como copiar, revender ou modificar o software sem autorização — o que
configura violação de direitos autorais.

2. Contratos genéricos ou mal redigidos
Licenças mal elaboradas, sem cláusulas claras sobre escopo, prazo, número de usuários ou
território, abrem margem para litígios. Um contrato de licenciamento precisa ser preciso e
personalizado, especialmente em soluções sob medida ou SaaS.

3. Uso indevido de software open source
Softwares de código aberto são valiosos, mas vêm com licenças específicas (GPL, MIT, Apache
etc.). Incorporar código open source em soluções comerciais sem respeitar essas licenças pode
gerar obrigações legais inesperadas, como a necessidade de abrir o código-fonte do produto.

4. Falta de compliance e auditoria interna
Empresas que não monitoram o uso de software internamente podem ultrapassar os limites
da licença — como instalar em mais máquinas do que o permitido. Isso pode resultar em
auditorias externas, multas e até ações judiciais.

5. Questões de segurança e responsabilidade
Alguns contratos não deixam claro quem é responsável por falhas, bugs ou vazamentos de
dados. Em tempos de LGPD, é essencial definir responsabilidades sobre segurança da
informação e atualizações do software.

O licenciamento de software não é apenas uma formalidade — é uma peça-chave na gestão de
riscos e na proteção da propriedade intelectual. Um contrato bem estruturado pode evitar
dores de cabeça, proteger ativos e garantir que a tecnologia seja uma aliada, não uma
vulnerabilidade.

Se você atua com tecnologia, jurídico ou gestão, vale a pena revisar seus contratos e políticas
de uso. E se tiver dúvidas, converse com um especialista em propriedade intelectual. O custo
da prevenção é sempre menor que o da correção

 


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